São Paulo, 14 de junho de 2025 – A Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis (ABICANN) tem sido protagonista na busca por um marco regulatório robusto e eficiente para o setor de Cannabis no Brasil, desde 2017.

Sob as lideranças de Thiago Ermano Jorge (Diretor-Presidente), Ana Fábia Ferraz Martins (Vice-Presidente de Relações Internacionais) e Rafael Popini Vaz (Diretor Jurídico), a associação de defesa econômica, científica e social pela cultura da Cannabis sativa spp. está na vanguarda da transformação do mercado de Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial no Brasil, unindo ciência, tecnologia, empreendedorismo e políticas públicas para impulsionar um setor estratégico para o país.

De forma geral, a atuação da ABICANN visa acelerar o desenvolvimento de medicamentos inovadores no Brasil, reduzir custos e tempo de aprovação regulatória e garantir que os benefícios da Cannabis na saúde humana, animal e do bom uso do Cânhamo na produtividade agroindustrial alcancem toda a sociedade de forma segura, ética e sustentável.

Empresas, profissionais, pesquisadores e organizações públicas e privadas, conectadas à ABICANN, defendem uma regulamentação clara e que garanta o acesso amplo a medicamentos à base de Cannabis para a população, ao mesmo tempo que impulsiona a criação de regras para uma agroindústria local forte e sustentável, com a reintrodução do Cânhamo.

Com sede em São Paulo, Brasil, a associação de defesa da bioeconomia da Cannabis abrirá em 2025 uma filial em Vancouver, Canadá, com o objetivo de captar indústrias, produtores rurais, investidores financeiros, fundos e empresas interessadas em aportar na produtividade do Cânhamo Industrial, para a produção de uma bioeconomia potencial de R$ 190 bilhões anuais (USD 30 bilhões/ano)

O ano de 2025 será um marco para o crescimento da indústria da Cannabis e do Cânhamo, tanto no Brasil quanto no mundo.

Cannabis Medicinal

Com um mercado potencial de até 20 milhões de pacientes, a Cannabis Medicinal do Brasil precisa avançar no desenvolvimento de tecnologias, na produção nacional e no aumento do acesso a esses tratamentos – tanto na rede pública quanto privada. No entanto, o país ainda enfrenta desafios em termos de estrutura regulatória, custos elevados e a lentidão de processos legislativos.

É por isso que integrantes da ABICANN também têm trabalhado em estreita colaboração com o Ministério da Agricultura (MAPA), a EMBRAPA e o Congresso Nacional, defendendo a classificação, regulamentação do cultivo de Cânhamo Industrial e a expansão da pesquisa e do desenvolvimento (P&D) em biotecnologia com a Cannabis sativa spp.

Legislativo e Justiça

A Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis (ABICANN) tem sido uma força central na promoção de um marco regulatório sólido para o setor de Cannabis humana e animal no Brasil, incluindo sustentabilidade agroindustrial e recuperação ambiental com o cultivar Cannabis.

A associação tem oferecido suporte técnico-científico e conteúdo atualizado para instituições como o Ministério da Agricultura (MAPA), Congresso Nacional, Superior Tribunal de Justiça (STJ), Conselhos de Classe, governos estaduais, secretarias de saúde, câmaras de vereadores e entidades sociais que defendem os direitos à saúde e à inovação.

Por outro lado, como membro ativo da Frente Parlamentar Mista da Saúde (FPMS) do Congresso Nacional tem promovido debates sobre a inclusão de Cannabis no SUS (Sistema Único de Saúde) e a regulamentação do cultivo nacional de Cânhamo pelo MAPA, movimentando os discussões políticas, científicas e econômicas, de impacto na sociedade, para viabilizar um mercado mais acessível e eficiente.

Contudo, a falta de apoio entre empresários brasileiros do setor e a falta de entendimento sobre o papel das organizações de defesa pública, como a ABICANN, dificultam a criação de um ambiente mais colaborativo para ampliar o acesso. O mercado internacional tem valorizado mais as ações e movimentações da ABICANN, oferecendo maior apoio.

Referência Internacional

A ABICANN tem se dedicado a criar parcerias internacionais com organizações em países como Canadá, Estados Unidos, Argentina, Uruguai, França e outros, visando garantir o acesso de investidores brasileiros às melhores práticas e inovações globais.

Cânhamo Industrial

A ABICANN está à frente de negociações com o MAPA e a EMBRAPA para classificar, regulamentar o cultivo agrícola de Cânhamo, um passo crucial para consolidar a neoindústria brasileira e impulsionar a produção local.

Como membros da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da Câmara Setorial de Fibras Naturais do MAPA (CSFN) e da Frente Parlamentar Mista da Saúde (FPMS), a ABICANN tem trabalhado ativamente para promover o desenvolvimento econômico e sustentável do setor, fortalecendo a posição do Brasil como um player global na inserção da indústria nacional da Cannabis.

Universidades e Centros Tecnológicos

A ABICANN promove parcerias estratégicas com universidades públicas e privadas, fomentando pesquisa e desenvolvimento (P&D) em biotecnologia, produtos farmacêuticos e soluções industriais. Exemplo disso é o Centro de Tecnologia e Inovação da Cannabis (CTICANN), que visa validar metodologias e tecnologias emergentes no setor, aportando recursos em P&D com Cannabis. Empresa associada e parceira em aplicação de matérias-primas da Cannabis.

Empresas & Negócios

Empresas que aproximam produtos seguros à base de Cannabis, para tratamentos de saúde de mais de 800 mil pacientes no Brasil, profissionais que atuam nos cuidados com a produção responsável, regulamentada, e técnicos que atuam na produção dos medicamentos e de biotecnologias diversas com a Cannabis sativa spp. estão presentes como associados, cooperados e em projetos apoiados pela ABICANN.

E a Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis tem atuado no incentivo e como uma catalisadora de novos negócios, conectando empreendedores, indústrias e investidores para viabilizar negócios escaláveis e sustentáveis, sempre seguindo padrões internacionais de compliance, ESG e desenvolvimento sustentável.

Oportunidades e Desafios

O ano de 2025 promete ser um período de grandes disputas e transformações no mercado de Cannabis no Brasil, com grandes empresas ampliando sua atuação enquanto pequenos fornecedores enfrentam desafios significativos. Apesar das movimentações regulatórias, a abertura plena do mercado ainda esbarra em entraves políticos, jurídicos e econômicos, exigindo maior articulação entre os diferentes atores do setor.

A ausência de um marco regulatório robusto continua sendo um dos principais obstáculos ao crescimento sustentável da indústria da Cannabis, que ainda precisa superar resistências no Congresso Nacional e em setores conservadores do empresariado. O debate sobre a regulamentação do uso adulto da Cannabis deve se intensificar em 2025, especialmente após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que descriminalizou o cultivo pessoal de até sete plantas e o porte de até 40 gramas. Essa medida pode desafogar o sistema judiciário, além de facilitar o acesso ao autocultivo para fins terapêuticos, vistas dificuldades de acesso legal a produtos de Cannabis.

Na área da Cannabis Medicinal, o Brasil tem um mercado potencial de cerca de 20 milhões de pacientes, mas apenas 800 mil pessoas estão em tratamento devido aos altos custos, que variam entre R$ 25 mil e R$ 50 mil anuais por paciente. A ampliação do acesso e a inclusão da Cannabis no Sistema Único de Saúde (SUS) são pautas urgentes para garantir que mais brasileiros possam se beneficiar dos tratamentos. 

Ao mesmo tempo, cresce o interesse de novas categorias profissionais, como veterinários, enfermeiros e nutricionistas, em integrar a Cannabis a seus protocolos terapêuticos, tanto para humanos quanto para animais. No entanto, a produção nacional limitada de medicamentos segue como um gargalo que precisa ser superado.

Enquanto isso, a Colômbia avança como um dos principais exportadores de Cannabis para o Brasil, responsável por 32% das importações brasileiras em 2023. Estima-se que, até 2025, as exportações colombianas possam atingir US$ 123 milhões, colocando o Brasil em uma posição desfavorável na competição global, enquanto mais de 100 países já avançaram na regulamentação.

Outro setor com enorme potencial é o do Cânhamo Industrial, que pode gerar até R$ 18 bilhões anuais, sendo aplicado em diversas áreas, desde materiais sustentáveis até biotecnologia, construção civil e têxteis. No entanto, a falta de regulamentação impede o desenvolvimento dessa cadeia produtiva, que poderia fortalecer a economia, gerar empregos e consolidar o Brasil como um player relevante na bioeconomia global. Até o dia 30 de setembro de 2025, o MAPA, ANVISA e AGU devem apresentar a proposta de regulamentação, exisgida pelo STF, em novembro de 2024.

No campo da pesquisa e inovação (P&D), o governo destinou R$ 48 milhões para financiamento de estudos sobre Cannabis, mas a ausência de uma infraestrutura regulatória adequada limita o avanço científico no país. Sem investimentos sólidos e uma regulamentação clara, o Brasil corre o risco de ficar para trás em relação a outros países que lideram o setor, como Canadá, Estados Unidos, Israel e Alemanha.

A inclusão da Cannabis no SUS e o fortalecimento do cultivo nacional são soluções urgentes para democratizar o acesso a esses tratamentos. Além disso, os desafios no acesso à Cannabis Medicinal permanecem evidentes. Os preços elevados de produtos disponíveis no mercado, que variam entre R$ 350 e R$ 2.800 por 30 ml, tornam inviável o tratamento para muitos pacientes. Alternativas como importação, autocultivo judicializado e apoio de associações têm sido fundamentais, mas ainda não atendem toda a demanda. 

O Brasil já está 87 anos atrasado nesse debate global. Até quando? Nós, da ABICANN, acreditamos que será por meio da construção de um mercado competitivo, acessível e inovador, independente de decisões políticas, mas focada em avaliações regulatórias, que alinharemos a indústria brasileira às demandas de saúde, inovação e sustentabilidade. 

Agora que conhece um pouco sobre a visão, missão e valores da ABICANN, convidamos a acessar nossos canais de comunicação e a associar-se para apoiar as missões da entidade de defesa econômica, científica e social da Cannabis sativa spp.

Buscamos uma classificação, regulamentação e legislação coerentes para acesso aos brasileiros à Cannabis medicinal e industrial legal, aqui no Brasil: https://abicann.org/associe-se   

Para mais informações, documentos oficiais, entrevistas e contato com porta-vozes especializados, envie e-mail para press@abicann.org .

Atenciosamente,

Conselho Gestor – ABICANN

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Adriana Dias
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