Após os encontros a ABICANN pretende produzir um documento com 30 pontos específicos sobre a necessidade de uma regulamentação coesa no país
“Nossas conferências são para unificar interesses da Cannabis, da maconha e do cânhamo. Está na hora de falar a mesma língua. De chegar a um consenso e gerar um documento para entregar a mais de 5 mil políticos do Brasil”, defende o presidente da ABICANN e mediador dos encontros, Thiago Ermano.
E assim, os participantes irão assinar o documento que será entregue às autoridades políticas.
“Somos um ecossistema grande no Brasil. Não só de empresas, mas pesquisadores e interessados nessa pauta. A ABICANN está com o compromisso de assumir que está na hora de falarmos de uma maneira integral da planta”, finalizou Ermano.
Inscreva-se aqui nas conferências da ABICANN.
Segundo a Associação, mais de 200 organizações e agentes políticos, que pensam o futuro do nosso país participam das conferências para proporem 30 iniciativas pela Cannabis legal no Brasil.
“Deixamos de atrair, anualmente, mais de R$ 150 bilhões (USD 30 bilhões), mantendo prisões, violência e preconceitos, impedindo acessos à planta, às ciências e a medicamentos, por falta de políticas públicas amplas e efetivas no Brasil. Estão todas e todos convidados a participarem destes três encontros históricos, democráticos e abertos, que propõem um documento unificado dos interessados em reduzir misérias, gerar riquezas e cobrar de 5.000 legisladores e reguladores da planta Cannabis sativa uma visão clara sobre o tema”, afirma o convite oficial da iniciativa.
As conferências acontecem virtualmente, a serem realizados em:
- Primeira Conferência: 20 de maio de 2024, das 16h às 19h
- Segunda Conferência: 27 de maio de 2024, das 16h às 19h
- Terceira Conferência: 03 de junho de 2024, das 16h às 19h
O mercado da Cannabis é impulsionado pelos uso medicinal, mas há uma indústria que pode crescer com uma regulamentação maior no país
Atualmente, o Brasil conta com uma média de 430 mil pacientes de Cannabis medicinal. Ou seja, pessoas que fazem uso das moléculas da planta, como o CBD e o THC, para a saúde. Este uso é regulamentado e pode ser feito através de uma prescrição médica ou odontológica.
Há diferentes comprovações científicas e relatos de pacientes que indicam que os produtos à base de Cannabis servem para o alívio de sintomas e tratamento de diversas condições de saúde.
Estima-se que mais de mil empresas atuem no setor. Segundo a Kaya Mind, em 2023, as aplicações medicinais da planta movimentaram cerca de R$ 700 milhões no país, um crescimento de 92% em relação a 2022.
Este potencial de geração de empregos e fomento à economia pode se estender a setores como moda, agronomia, uso adulto e educação. Neste cenário, uma regulamentação da planta se faz necessária
O último Relatório americano anual da Vangst Jobs, empresa especializada na área, informou que os Estados Unidos conta com 440.445 empregos em tempo integral, o que representa apenas nestes quatro primeiros meses do ano um aumento de 5,4% em relação a 2023. Ainda sobre o ano passado, a indústria legal de Cannabis dos Estados Unidos criou quase 23 mil novos empregos. E como receita nacional de vendas regressou ao crescimento de dois dígitos.
“O relatório espera que, se eles tiverem uma legislação ampliada nos Estados Unidos, eles possam abrir pelo menos mais 100 mil postos de trabalho. E isso nos traz aqui de novo para o Brasil mostrando a importância de ter uma regulamentação forte aqui para a geração de empregos”, avalia Danilo Lang, criador do site Cannabis Empregos.
Fonte: Cannabis e Saúde