Nos reunimos uma vez por mês, por 3h, com o objetivo de deliberar sobre as ações deste Comitê e Grupos de Trabalhos. Aguarde a próxima data para a reunião mensal ou entre em contato diretamente com a ABICANN pelo canal Contato.

Conheça mais sobre as missões da ABICANN:

Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis (ABICANN) é uma entidade associativa sem fins lucrativos e independente, que começa a reunir indústrias nacionais e internacionais, os setores de comércio e serviço brasileiro e influenciadores na economia, justiça, política e na sociedade, em torno da cannabis.

Tanto empresas quanto pessoas físicas – interessadas no desenvolvimento da indústria da cannabis – já podem se associar. Industriais, investidores financeiros, empreendedores e profissionais que atuam no cannabusiness local e global estão entre os públicos de interesse da associação.

Os associados da ABICANN se unem em busca de maior abertura de diálogos com empresários, governadores e legisladores a respeito da revisão econômica e histórica, com análises sérias sobre os prós e contras da cannabis sativa e seus gêneros, quando produzida legalmente em solo nacional. Um exemplo é o cânhamo, que apesar de não oferece risco à saúde ou vida humana ou animal, ainda está proibido por aqui por falta de interesse legislativo.

Comitês Empresariais: representar, estimular e articular

Empresas e profissionais se reúnem periodicamente em quatro comitês empresariais temáticos, onde discutem e propões ações na movimentação dos mercados da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial nacional e internacional. Eventos, rodadas de negócios, treinamentos e missões empresariais compõem os principais benefícios para associados da ABICANN. Para mais informações, acesse: www.abicann.org, vá em “Associe-se”.

Cannabis Medicinal: um mercado em despertar

Desde 3 de dezembro de 2019, a Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) reconhece propriedades benéficas à saúde humana com a publicação da RDC 327/19 (link de acesso na página ABICANN). A resolução dispõe sobre os procedimentos para a fabricação e a importação, bem como estabelece requisitos para a comercialização, prescrição, a dispensação, o monitoramento e a fiscalização de produtos de Cannabis para fins medicinais no Brasil – mas não avança sobre a questão do plantio e do processamento industrial local.

Estimativa realizada pela ABICANN indica que existem 400 empresas, aproximadamente, conectadas ao ecossistema medicinal e que prestam serviços ou fornecem soluções – direta ou indiretamente – a pacientes com doenças graves, crônicas e terminais. São profissionais que veem nas moléculas da cannabis a única saída para a redução de sintomas severos e seus avanços em milhões de brasileiros.

Corpo e elo genético com canabinoides

O motivo está no Sistema Endocanabinoide, como indicam estudos reverenciados mundialmente. Trata-se de um conjunto de receptores e enzimas que atuam como espécies de sinalizadores naturais entre as células e os processos do organismo. O cientista pesquisador brasileiro Elisaldo Carlini, falecido em setembro de 2020, é um dos pioneiros na descoberta desse sistema. Ao lado do cientista israelense Raphael Mechoulam, iniciaram o mapeamento de como o cérebro e o corpo são induzidos pelas moléculas da cannabis.

Entre os canabinoides naturais mais conhecidos estão o CBD (canabidiol) e o THC (delta-9-tetrahidrocanabinol). No entanto, a planta de Cannabis contém mais de 421 moléculas químicas dos quais 61 são canabinoides, que beneficiam populações de pacientes em dezenas de países do mundo, atualmente. Até 2030, serão mais de 100 nações que terão feito as pazes com a planta cannabis.

No Brasil ainda é proibido plantar, mas empresas podem solicitar a concessão para importar insumos e envasar produtos para uso medicinal no país. É possível encontrar nas farmácias e drogarias medicamentos à base de cannabis, com custo aproximado de R$ 2500. Um valor ainda distante do acesso a 18 milhões de potenciais consumidores.

A abertura de diálogo entre empresários e investidores com o governo e com o legislativo brasileiro tende a trazer mudanças positivas, moderna e atualizada ao que ocorre no mercado global da planta. O Brasil pode gerar R$ 5 bilhões por ano, em média, com a economia gerada por empresas de cannabis medicinal.

“Nós estamos perdendo espaço no cenário econômico global da cannabis pelo simples fato de não haver diálogo político, aberto e franco sobre prós e contras dessa planta que é tão sustentável. Precisamos de uma legislação mais completa, moderna, justa, que amplie nossa economia e o bem-estar social”, informa Thiago Ermano, presidente da ABICANN e investidor em negócios da cannabis em países regulados e legalizados.

Cânhamo Industrial: mais de 300 setores podem se beneficiar

O cânhamo é conhecido mundialmente como “hemp”. Apesar de não oferecer riscos à vida ou saúde humana e animal, sua produção agrícola ainda está proibida no Brasil. A ABICANN atuará para o desenvolvimento do mercado nacional de cânhamo industrial, fazendo parte do mercado global que movimentará US$ 30 bilhões de dólares, aproximadamente, nos próximos cinco anos. As fibras do cânhamo produzem de cordas a roupas, opções duráveis de plásticos e dezenas de outros produtos.

Essa variedade não-psicoativa da cannabis é conhecida como “hemp” e não é proibida em diversos países. Um exemplo está nos Estados Unidos, onde a planta é totalmente legalizada e está posicionada como prioridade na lei agrícola americana (Farm Bill), aprovada em 2018 pelo congresso.

“Imagine como será quando houver menos regulações e leis mais transparentes em favor da continuidade da vida humana e animal, com geração de empregos locais em novos empreendimentos, além de fortalecimento do setor primário e da agroindústria brasileira. A tendência é que os impostos pagos por empresas do mercado da cannabis ajudem a reduzir os déficits das contas públicas”, afirma Ermano da ABICANN.

São mais de 300 setores econômicos e mais de 2500 tipos de produtos que podem aproveitar os benefícios da cultura de das fibras de cânhamo. Das principais aplicações estão em destaques as fibras têxteis, materiais para a construção civil, produção de biocombustíveis e medicamentos à base de canabidiol (CBD). Atualmente a China é a maior produtora global de hemp no mundo.

Andrea Bezmertney

Diretora de Comunicação

ABICANN

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